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Lúpus e o direito ao BPC/LOAS


O lúpus é mais do que uma simples condição médica; é uma batalha diária enfrentada por milhões de pessoas ao redor do mundo. Para aqueles que lutam contra essa doença autoimune implacável, cada dia traz desafios únicos e obstáculos significativos. No entanto, mesmo em meio a essa luta, há uma luz de esperança: O direito aos benefícios do INSS.


É fundamental reconhecer que os portadores de lúpus enfrentam uma série de limitações físicas e emocionais que afetam diretamente sua capacidade de trabalhar e manter uma qualidade de vida adequada. Desde a fadiga debilitante até as dores articulares excruciantes, o lúpus pode impedir até mesmo as tarefas mais simples.


DIREITO AO BPC LOAS


No caso dos portadores de lúpus, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como LOAS, é uma importante fonte de apoio financeiro. Para ter direito ao BPC/LOAS, é necessário atender a certos requisitos estabelecidos pela legislação brasileira. Aqui estão os principais:

  1. Condição de Deficiência: O portador de lúpus deve comprovar que possui uma deficiência que o impeça de participar de forma plena e efetiva na sociedade, prejudicando sua participação laboral de maneira permanente.

  2. Impedimento de longo prazo: É necessário demonstrar que a condição de saúde causada pelo lúpus causa um impedimento de longo prazo , ou seja, de no mínimo 2 ( dois) anos.

  3. Renda Familiar: O requerente deve pertencer a uma família com renda per capita inferior a 1/4 do salário mínimo vigente. Isso significa que a renda total da família dividida pelo número de membros deve ser menor que esse valor.

  4. Cadastro no CadÚnico: É obrigatório estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

É importante ressaltar que a avaliação para concessão do BPC/LOAS é feita pelo INSS e pode exigir laudos médicos detalhados que comprovem a impedimento de longo prazo


Para que um portador de lúpus tenha direito ao Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS), é necessário passar por uma avaliação realizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa avaliação envolve tanto a perícia médica quanto a análise socioeconômica.

  1. Perícia Médica: Durante a perícia médica, um médico do INSS avaliará o estado de saúde do requerente, incluindo os sintomas e as limitações causadas pelo lúpus. É importante que o portador de lúpus forneça todos os documentos médicos relevantes, como relatórios de médicos especialistas, exames clínicos e resultados de testes laboratoriais, para auxiliar na avaliação da gravidade da condição.

  2. Análise Socioeconômica: Além da perícia médica, o INSS também realiza uma análise socioeconômica para verificar a situação financeira do requerente. Isso envolve uma avaliação da renda familiar, que não deve ultrapassar 1/4 do salário mínimo por pessoa, e a verificação da inscrição no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

É importante destacar que o lúpus pode causar uma série de sintomas que afetam significativamente a qualidade de vida e a capacidade de trabalho do indivíduo. Portanto, é fundamental apresentar todas as informações médicas relevantes durante a perícia e garantir que a condição de saúde seja adequadamente documentada.


E se o INSS negar meu benefício?


Caso o requerente tenha seu pedido de benefício negado pelo INSS, ele tem o direito de recorrer da decisão e apresentar novos documentos ou realizar uma nova perícia médica para reavaliação do seu caso. É recomendável buscar orientação jurídica especializada para auxiliar nesse processo de recurso, garantindo que todos os direitos do portador de lúpus sejam respeitados.


texto escrito por Elmara Dutra - Advogada

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